Comida na mala: segurança gera atrasos em aeroportos.

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Durante uma viagem, a escritora Shivani Vora, a caminho de Paris, ouviu dois funcionários da Administração de Segurança do Transporte (TSA – Transportation Security Administration) do Aeroporto Internacional Newark Liberty pedir aos passageiros para remover qualquer alimento que estivesse em suas bagagens e colocá-los em uma lixeira. Segundo os oficiais, tratava-se de uma nova política, que exigia que qualquer coisa comestível fosse rastreada separadamente.

Contudo, não há uma política que afirma que os alimentos devem ser rastreados, segundo o porta-voz da TSA, Mike England. “Não há uma política oficial que diga que os agentes da TSA devem pedir aos passageiros que retirem comida de suas bolsas. Em vez disso, a política é que os policiais têm o direito de pedir aos passageiros que retirem comida se houver necessidade”, explica.

De acordo com England, a TSA colocou esta política em vigor no verão passado, para facilitar as fiscalizações que eram prejudicadas quando haviam bolsas cheias, dificultando o rastreamento, além do fato de alguns materiais alimentícios parecem semelhantes a explosivos em um raio x.

O analista do setor de aviação, George Hobica, viaja várias vezes por mês e disse que nunca foi convidado a retirar comida de sua bolsa até cerca de um mês atrás. “Desde então, tenho sido solicitado por agentes da TSA em vários casos”, declara. O passageiro ressalta que não leva nada para comer com ele em sua bagagem de mão, mas já ficou preso atrás de passageiros que assim faziam.

“Em um caso, há duas semanas, quando voava do Aeroporto Internacional de Los Angeles para o Aeroporto Internacional John F. Kennedy, uma mulher na minha frente tinha dois sacos cheios de comida, incluindo granola, cereais e vários recipientes de pudim. Ela já estava atrasada para o seu voo, e encontrar tudo levou vários minutos. Foi sinalizada para uma exibição secundária, que demorou tanto a ponto de fazer a cliente perder o voo”, relembra.

A editora-chefe da revista Town and Country, Stellene Volandes, tinha esquecido de um pacote de pêssegos secos no fundo de sua bagagem de mão. Após sua bolsa ser marcada para uma segunda vistoria, foram gastos mais 15 minutos para descompactar tudo e passar pela segurança.

De acordo com o consultor de segurança para aeroportos e fundador da Studdiford Technical Solutions, Larry Studdiford, o fato de os policiais da TSA pedirem aos passageiros que separem sua comida também é uma medida sensata de segurança. “A última coisa que a TSA quer fazer é ser previsível, porque se você tem um processo previsível, é potencialmente mais fácil jogar o sistema e infiltrar-se em substâncias perigosas ”, reforça.

Hobica, contudo, acredita que seria melhor deixar os passageiros cientes da necessidade de verificação.

Fonte: Jornal Panrotas.

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